ERP: os enterprise resource plannings são softwares de gestão empresarial que nasceram em um ambiente econômico e organizacional de contínua informatização e otimização de processos internos através da adoção massiva de softwares que tratavam de etapas específicas dos processos produtivos nas empresas. Aplicados na Europa e Estados Unidos no início dos anos 90, os sistemas de gestão empresarial chegaram ao Brasil por volta de 1996 com a ideia de agilizar processos e fluxos de informações anteriormente distribuídos através de documentos físicos.
Para compreender o ambiente de aplicação de um ERP é fundamental se habituar com seus antecessores e com o cenário que os mesmos geraram. O início do conceito de transferência de dados e informações através de ferramentas informatizadas remonta ao MRP, na década de 70.
ERP : como tudo começou?
O MRP (Material Requirements Planning) é, antes de um sistema, um conjunto de princípios discutidos no livro de Joseph Orlicky “Material Requirements Planning (1975)” que foi desenvolvido desde 1964 a partir de diversas pesquisas de Joseph, incluindo a do modelo toyotista. Esse livro apresenta as formulações das disciplinas de Planejamento de Gestão de Materiais e, ao longo do tempo, tornou-se uma espécie de guia para a gestão industrial na época.
Após a publicação do livro em 1975, a empresa Black&Decker foi pioneira ao adotar os conceitos recém apresentados gerando, posteriormente, uma forte onda de adoção dessa nova forma de gestão. Com a utilização massiva dos computadores, o conceito do MRP é aplicado no formato de software, respeitando as diretrizes de boa gestão apresentadas por Orlicky em seu livro. Esse software era responsável por tarefas cotidianas relacionadas ao agendamento de produção e não gerava uma visão muito estratégica dos aspectos com que tratava.
Em 1983, com o uso mais comum dos computadores, nasce o MRP II (Manufacturing Resources Planning) que passa a integrar atividades mais complexas do dia a dia de uma empresa, gerando uma base de dados mais sólida e capaz de auxiliar nas tomadas de decisão estratégicas. Essa ferramenta integrava não apenas o setor de produção, mas também engenharia e financeiro, proporcionando uma melhor visualização do negócio como um organismo só.
Já nos anos 90 temos a aplicação dos Sistemas ERP, a evolução dos conceitos apresentados anteriormente e que possibilita a integração completa da empresa, sem exclusão de nenhum dos setores, por mais secundárias que sejam suas atividades. Dessa forma o ERP passa a ser uma espécie de sistema circulatório da empresa, possibilitando que a informação chegue aos diversos setores e pontos de demanda da organização. Essa capacidade de capilaridade da informação entre setores torna a empresa mais interdependente, mais unida e gera resultados de uma forma mais dinâmica devido à contínua troca de dados.
O intercâmbio de informações que o ERP proporciona gera soluções tanto específicas quanto genéricas, agilizando tomada de decisões e processos passíveis de automação, como o preenchimento de formulários e emissão de notas.
Tendo em vista essas capacidades produtivas do Enterprise Resource Planning, consegue-se apontar 4 aspectos de grande avanço quando pensamos na implementação desse software:
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Planejamento
Um sistema ERP é capaz de gerar um potencial de planejamento estratégico muito grande por conta do acesso rápido e otimizado a diversos dados de setores, processos, atividades e resultados de uma empresa. O software também armazena prognósticos, previsões e atividades agendadas. Ter uma noção completa de todos os fatores inerentes a empresa e suas operações é um ponto a favor da capacidade de planejamento e desenvolvimento de estratégias empresariais.
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Retrabalhos
A falta de integração de processos é o principal ponto quando o assunto é a realização de tarefas e atividades por mais de uma vez. Um retrabalho é considerado uma perda de tempo e dinheiro dentro da empresa, portanto, se isso se torna corriqueiro, o gasto de energia e de dinheiro vai pesar muito no final do mês e acabar gerando um déficit muito grande nas contas da empresa. O ERP atua, portanto, como controle de etapas de processo e do andamento de ciclos produtivos, de vendas, financeiro, de recursos humanos entre outros.
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Controle
De forma integrada com o ponto anterior, o ERP permite o controle de processos, métodos e atividades, com objetivo de garantir que tudo está sendo aplicado no momento adequado e da forma que se espera. A falta de controle, por sua vez, pode gerar conflito de processos, falta de compatibilidade entre dados financeiros e produtivos, bem como a instabilidade das decisões da alta gerência por conta do cruzamento incorreto de dados.
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Qualidade
O controle de qualidade é capaz de garantir a competitividade da empresa não apenas atestando a conformidade do produto com os padrões esperados, mas também com relação à qualidade necessária nos processos e no fluxo de informações dentro da própria organização.
O ERP consegue garantir adequação de processos produtivos, de movimentação, armazenagem, de emissão de documentos e notas, de otimização do fluxo de informações bem como facilitação de auditorias. Ao final, isso garante que tudo dentro da empresa flua de maneira mais natural e automática.
Um bom software ERP deve ser capaz de proporcionar diversos benefícios como: Controle de estoque otimizado, gestão e cálculo financeiro (principalmente de tributos e fluxo de caixa), emissão de notas fiscais, boletos e controle de operações de produção e vendas.
Um layout simples ajuda a empresa a economizar com treinamentos, otimizando custos financeiros e alocação de tempo em atividades secundárias. Utilizar um sistema alinhado com diretrizes minimalistas e que sigam a filosofia de facilitação de uso gera benefícios e agilidade na execução de tarefas diárias.
ERP: Mainô Sistemas
O software ERP oferecido pela Mainô alia boas ferramentas com a fácil utilização e garante uma aplicabilidade do sistema de forma simplificada e ágil, garantindo menos custos e menor investimento de tempo para a realização de treinamentos para uso efetivo e eficiente do sistema. Outro ponto a favor do sistema é a capacidade de acesso remoto, através da internet, isso permite um acompanhamento melhor dos processos empresariais mesmo fora dos limites da organização, permitindo ao gestor um controle mais eficiente e contínuo bem como a gestão da qualidade muito mais consistente.
De maneira a concluir a reflexão sobre os sistemas ERP, podemos apontar que, atualmente, a gana de alcançar vantagens competitivas mais significativas bem como a necessidade de aplicação de alternativas tecnológicas nas empresas faz com que o ERP seja uma ferramenta muito importante e benéfica no sentido de integração de dados e uniformização do fluxo de informações.
Me chamo Gabriel Novoa, sou formado em Relações Internacionais com MBA em Gestão de Logística Internacional e autor da #piluladoconhecimento no Linkedin. Sou um apaixonado pela logística e por transmitir conhecimento de maneira simplificada e acessível a todos.